terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Entrevista à Dr.ª. Rita Prata

1.Qual é o trabalho que realizam na vossa instituição com as pessoas portadoras de deficiência?               

      “ A nossa Associação possui duas valências: CAO (Centro de Actividades Ocupacionais) e o Lar Residencial. O CAO funciona entre as 9h e as 17h para 45 clientes, dos quais 15 residem no Lar.
O nosso trabalho centra-se na promoção da inclusão social, das autonomias pessoais e sociais e na melhoria da sua qualidade de vida.
O CAO é composto por diversas salas de actividades: Expressão Plástica, Trabalhos manuais, Tapeçarias, Social e Educativa, Bem-estar 1 e Bem-estar 2 e Actividades da Vida Diária. A heterogeneidade da população implica adequação das actividades de sala por cliente. Os artigos realizados nas salas de Expressão Plástica e Tapeçarias são direccionados para venda como forma de divulgação da Instituição e obtenção de pequenos apoios monetários.
Semanalmente existem actividades de exterior: o Atletismo Adaptado, a Hipoterapia, Dança e Gira, Adaptação ao Meio Aquático. O serviço de Corte e Cabelo é garantido mensalmente, com a visita de uma cabeleireira profissional à Instituição.”


               2. Quais os tipos de apoio que a vossa instituição recebe?
               “ Sendo a nossa Instituição uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos), um dos principais apoios advém da Segurança Social.
Outros apoios são provenientes de donativos do Rotary Clube de Almada, o Lyons Clube, diversas Empresas, Entidades, dos próprios pais. Somos também apoiados pela Câmara Municipal de Almada, Junta de Freguesia da Charneca da Caparica, Junta de Freguesia da Cova da Piedade.
Na nossa Associação as mensalidades são calculadas de acordo com o rendimento anual familiar.”


3.   Na vossa instituição existem que tipo de profissionais para trabalhar com pessoas de deficiência?



    “ Aqui na Rumo ao Futuro existem os Colaboradores de Sala (11), os Monitores (4), a Equipa Técnica: Coordenadora Geral, Terapeuta Ocupacional, Assistente Social e Coordenadora de Lar Residencial, Psicóloga Clínica e Coordenadora de CAO, Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação para trabalhar com os nossos Clientes. A Direcção é composta por pais de clientes, em título de voluntariado.
 O Presidente é o Dr. António Rocha, o Sr. Joaquim Grosso é Vice-Presidente, o Sr. Carlos Ramos é Tesoureiro, o Sr. Humberto Ferreira é Secretário e o Sr. Domingos é Vogal. “

4.     Qual a média de idades das pessoas que cá estão?
                    “O cliente mais novo tem 20 anos e o mais velho tem 66. A média de idades ronda os 30 anos.
Aqui os clientes podem fazer a sua inscrição a partir dos 16 anos sendo que não há limite de idades. Faz-se uma entrevista, permanecendo sempre em lista de espera, devido à inexistência de vagas, porque as pessoas que aqui estão não transitam para outra Instituição, salvo raras excepções. Neste momento estão 100 inscrições em lista de espera, aproximadamente.”



5.    O que é que pensa sobre iniciativas relacionadas com pessoas portadoras de deficiência?
               “Cada vez se nota mais interesse e investimentos nesta área mas não é como deveria ser, pois são necessárias mais respostas sociais, porque na realidade as que existem não respondem às necessidades.
A nossa Associação participa em várias iniciativas lúdico-desportivas, que existem cada vez mais, e que os nossos clientes muito gostam… A festa de Natal, o Dia dos Namorados, o Carnaval, o Baile da Pinha, as Marchas Populares, os Jogos da Primavera onde convidamos outras Instituições, o Magusto e passeios ao Fórum Almada. O Grupo de Teatro e o Grupo de Dança são também bastante activos, através das suas actuações na comunidade.”



6.   Acha que no Concelho de Almada deveriam existir mais iniciativas e apoios para as pessoas portadoras de deficiência? Quais?
“Sim, sem dúvida a criação de mais respostas sociais.”

7.     Em relação às pessoas que frequentam a vossa instituição acha que elas entendem quando são vítimas de preconceito?

     “O preconceito existe entre todos nós, em todos os grupos sociais. Na nossa Instituição surgem, por vezes, situações de preconceito, que tentamos sempre combater. Os clientes da AARF não o entendem, a não ser algo demasiado óbvio, directo.”




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

“Deficientes «não podem» dar sangue”

“Deficientes «não podem» dar sangue”
Dar sangue, visitar monumentos, comprar um bilhete de metro ou simplesmente apanhar o autocarro certo não é fácil para quem tem uma deficiência, confirmaram esta sexta-feira responsáveis da Ordem dos Enfermeiros e deficientes em pequenos percursos realizados por Lisboa, noticia a Lusa.” 
IOL diário

Sendo o nosso tema, o combate ao preconceito, chocou-nos olhar para este excerto e ver que nas mais pequenas coisas, as pessoas portadoras de deficiência são discriminadas. “Todos diferentes, todos iguais”, quem já não ouviu esta expressão? E realmente quem a pratica? Por vezes, não são as capacidades cognitivas que falham, são as físicas, e mesmo assim são impedidos de realizar tarefas normais do quotidiano, ou por se deslocarem numa cadeira de rodas ou por não ter o mesmo aspecto que as pessoas ditas “normais”.
A maioria das pessoas na sociedade, não se esforça por ajudar ou por tentar mudar um pouco isso., concentram-se nos seus problemas e “cada um sabe de si”. Se cada um de nós tentasse fazer com que a compra de um simples bilhete de metro ou o entrar num transporte público se tornasse uma coisa banal, como é para nós, sentia-se uma mudança por mais pequena que fosse, pois “o mundo muda a cada gesto teu” e para frustração já basta o facto de terem nascido ou ficado com uma doença, não precisam de serem discriminados.
Imagine como seria todos os dias, sair de casa, deslocar-se para a sua rotina e encontrar obstáculos como o simples facto de comprar um bilhete de metro ou os degraus de um autocarro. Isto para nós é um acto banal, para eles é uma pequena vitória, e cada um de nós, todos os dias pode fazer com que estas pessoas, tão diferentes mas tão iguais, cheguem à meta, felizes.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Repórter TVI - ''Asas de Ferro''

No dia 22 de Fevereiro de 2010 a TVI passou a reportagem 'Asas de Ferro' que relata o dia-a-dia, os sonhos e a maneira de encarar a vida de várias pessoas com Paralisia Cerebral: A Manuela, o Francisco, a Sandra, a Elsa, as gémeas Rita e Inês, o Marco, a Mafalda e o Manuel.






« Queria poder voar,
Onde o vento me quisesse levar,
Voar sem destino, apenas voar.
Mas algo me impede de ir ter com as pessoas que valem ouro;
O cérebro, a coluna, a cadeira ou o corpo? Não sei.
Fica só o sonho de poder ser uma gaivota, voando sobre a brisa do mar.»
                                               Elsa

sábado, 1 de janeiro de 2011

Festa de Natal

No passado dia 17 de Dezembro realizámos a festa de Natal no Externato Zazzo, com o dinheiro que angariámos na banca comprámos pequenas lembrancinhas para oferecer :)